Somente neste ano, até agosto, foram vendidas 1,45 milhões de novas cotas de consórcio. Quase seis milhões de pessoas são participantes ativos da modalidade, segundo dados da Associação Brasileira dos Administradores de Consórcio (ABAC). Apesar do interesse elevado, o produto não é interessante para todo tipo de consumidor, de acordo com o planejador financeiro certificado pelo IBCPF, Valter Police.
No segundo post da série “Vale a pena” a análise recai sobre os consórcios, uma invenção brasileira que mescla poupança, consumo e sorte.
O que é o consórcio?
Antes de tudo, é importante entender que o consórcio não é um investimento, mas apenas um meio de conseguir comprar algo. É uma poupança coletiva que de tempos em tempos contempla um dos participantes com um valor para ser utilizado na aquisição do bem.
Os participantes, também chamados de cotistas, se comprometem a contribuir mensalmente para a formação dessa poupança conjunta. Para ter acesso à sua parte da poupança há duas maneiras:
Sorteio: periodicamente (pode ser semanal, mensal, etc) a administradora do consórcio realiza sorteios para que alguns cotistas sejam contemplados. Se for sorteado, o participante já pode utilizar o crédito para comprar o bem.
Lance: se não for sorteado, resta ao cotista dar um lance para receber o crédito. Para entender quem vence o lance é preciso ler o contrato do consórcio, pois há as mais diversas modalidades. No lance livre, por exemplo, em geral é contemplado quem ofereceu o maior porcentual em relação ao crédito que está concorrendo. Veja exemplo: