Construtor, Camaleão, Planejador, Despreocupado e Sonhador. Estes são os cinco perfis em que os brasileiros se encaixam quanto à forma como lidam com o dinheiro, de acordo com pesquisa da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Quer saber em qual deles você se encaixa? Confira!
O levantamento concluiu que o que define a segmentação não são características sociodemográficas, como idade ou classe social. O que os resultados mostraram foi que o relacionamento com o dinheiro é um reflexo da visão de mundo das pessoas, da forma como elas encaram a vida, a família, seus relacionamentos pessoais.
1) Construtores – Perfil dos que crescem sempre e devagar
Destaque entre os brasileiros, os construtores são aqueles que gostam de ter o controle das situações e cuidam do dinheiro dia após dia, mesmo que em pequenas quantidades, mas de forma consistente. Não se arrisca, pois prefere se sentir seguro em todas as situações. Ele desenvolve uma relação interessante com os limites que encontra pela vida, não se intimidando por eles. Mas isso não significa que chega a desafiá- los, simplesmente batalha muito para realizar o que quer e acaba conseguindo, mas sempre pouco a pouco, com parcimônia. Eles representam 30% da população. Entre esse pessoal, 91% afirmam que pensam duas vezes antes de gastar.
2) Camaleões – Aqueles que se viram nos 30 em qualquer cenário
O camaleão é aquele que aceita as coisas como elas são, adapta-se ao mundo em vez de fazer sua vontade predominar. O camaleão é a personificação do estereótipo do brasileiro, ou seja, aquela pessoa que está sempre dando um jeitinho para garantir que as coisas deem certo, que tira de um santo para oferecer ao outro, que cobre a cabeça e descobre os pés, porque vive com o cobertor curto. Muitas vezes o camaleão vive momentos de dificuldade, mas segue levando a vida de forma positiva e fazendo os ajustes necessários. Tem convicção de que, apesar das dificuldades, consegue realizar aquelas coisas que são realmente importantes para ele. Segundo maior grupo entre os brasileiros, os camaleões correspondem a 29% da população.
3) Planejadores – Os que calculam sua meta de crescimento
Para eles, as metas são fundamentais. O planejador costuma estipular para si mesmo objetivos a serem cumpridos em um tempo determinado, e frequentemente isso o estimula a seguir em frente e crescer. Eles possuem uma relação muito forte com o dinheiro e têm no crescimento do próprio patrimônio uma fonte de prazer. Oitenta por cento deles, por exemplo, afirmam que possuem uma reserva financeira para emergências. O planejador não se assusta nem se incomoda com limitações, muito pelo contrário. Movido por desafios, consegue realizar o que deseja, contornando ou ultrapassando aquilo que encontra pelo caminho. Ele é muito seguro da sua capacidade de organização e realização e confia na sua alta racionalidade. Os planejadores representam 22% da população.
4) Despreocupados – Pessoas mais abertas ao fluxo da vida
São pessoas que têm especial prazer na fluidez dos acontecimentos da vida e na possibilidade que ela traz de estarem integrados com o mundo lá fora: pessoas, situações, eventos e novas oportunidades. Isso faz com que o despreocupado não se planeje nem se comprometa muito seriamente com nada, pois isso exigiria foco e estreitaria seu horizonte, significaria abrir mão de outras coisas. Ele prefere aguardar o que a vida pode lhe trazer hoje, vivendo intensamente um dia de cada vez. Naturalmente, o despreocupado não está atento ao que acontece com o dinheiro, e isso molda a forma como ele vive a vida, ainda que esteja no vermelho. Sabe os valores por alto e não tem prazer em lidar com atividades financeiras nem com o banco. Eles são 11% da população.
5) Sonhadores – Gente que deixa o sonho conduzir seus passos
Ele tem mente inquieta, está sempre pensando em uma nova oportunidade de investir em algo, empreender, e é muito ligado nas oportunidades, mas sempre com a paixão influenciando as escolhas. Para esse grupo, o propósito daquilo que faz e o prazer que isso proporciona são muito importantes, seja em investimentos em negócios ou em si mesmo (cursos, compras, lazer, entre outros). Dinheiro é fundamental para suas empreitadas, mas não há apego ao dinheiro em si, ao valor numérico. Ele é principalmente o meio para realizar um sonho, que sempre é grandioso – não apenas em termos financeiros, mas no que ele pode trazer para a sua vida em termos de sucesso e visibilidade. Menor grupo entre os brasileiros, corresponde a apenas 6% das pessoas.
Conduzida pela ANBIMA, a pesquisa foi realizada em duas etapas. A qualitativa foi organizada pela consultoria Na Rua e ouviu 400 pessoas em quatro capitais brasileiras. A fase quantitativa ficou a cargo do Datafolha e englobou 2.653 entrevistados em 130 municípios, com a população economicamente ativa, inativos que possuem renda e aposentados, das classes A, B e C, a partir dos 16 anos.
Fonte: Blog da ABAC